domingo, 30 de maio de 2010

Um copo de mar para um Homem Navegar




Fotografia sem edição.



Fotografia sem edição


Pensar em um mundo sem rumos e infinito em possibilidades para mim é como misturar arte e literatura, pensei em recriar este tema com características que remetessem a leitura e ao  nome dado a 29ª Bienal de SP que ocorre este ano, esse fragmento se encontra na obra de Jorge de Lima: Invenção de Orfeu.
O barco de papel remete imediatamente a questão do navegar, um navegar atropelado, calmo, turbulento, passear por água claras, sob a luz da lua, no breu da noite, em um dia claro e quente de verão; este barco é tão frágil mas ao mesmo tempo nos impõe uma certa simetria uma idéia de estabilidade, foi construído a partir de uma folha de um velho livro isso nos liga imediatamente à leitura uma fonte inesgotável de possibilidades, quando folheamos um livro não viajamos apenas os olhos por entre as palavras, mas sim  toda a nossa imaginação e a capacidade de construir mundos imaginários, possibilidades e sonhos.
O reflexo foi feito a partir de um programa de edição de imagens o tom azulado foi propositalmente implantado nas imagens para que a idéia de água e mar pudesse aparecer imediatamente nos olhos do observador.
E por fim o pequeno coração que resume de forma particular e pessoal meu amor por estas duas manifestações, a arte e a literatura.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Projeto de Arte Contemporânea - Para saudar uma grande amizade. FOTOS


Detalhe


Vista Superior


Detalhes (Trabalho concluído)






É necessária!
Sempre.
Independente.
Aqueles que lhe entendem e te amam como é, cheia de defeitos, de descompasso, palavras deficientes e olhar perdido. Aqueles que lhe estendem a mão mesmo sabendo que ela pode não voltar inteira, que se preocupam e doam seu tempo pra estar com você. Que buscam transformar as lágrimas em gotas de sorriso, que te tiram do chão quando tudo que você deseja é voar, aqueles que sabem puxar na orelha...
Não há necessidade de pedir, de clamar por alguma ajuda, é o lugar onde você não precisa mendigar carinho onde o desconforto ou o olhar já dizem absolutamente tudo.
Aqueles que não passam com a euforia momentânea, que o tempo não apaga, que mudam, evoluem (nada, absolutamente nada, permanece intacto e idêntico para sempre). Aqueles por quem compartilhamos um sentimento incondicional, que não é egoísta e que esta sempre aberto dedicado e interessado...
(Priscila Tonon Ramos)

Obra realizada para homenagear uma grande amizade que teve início na Universidade, uma amizade saudável, preocupada, divertida e solidária.
E aqui deixo meu agradecimento para minha grande amiga Priscila Bonatto

Projeto Priscila e Tayla - SINAIS

Imagens para o Projeto SINAIS: 
PLACAS DE SINALIZAÇÃO



FAIXA


Projeto Priscila e Tayla

TÍTULO: Órfãos, de quem é a culpa?



TEXTO: Você vê, mas não enxerga. É com essa frase que iniciamos esta discussão referente ao nosso projeto. Os órfãos do Brasil, as crianças e adolescentes sem pais, ou seja, pais falecidos ou ausentes no seu dia-a-dia. Os problemas que giram em torno desta realidade são muitos, o que acaba gerando conflitos não só para a família problemática, mas para a sociedade que acaba corrompendo e assassinando os sonhos dessas sementes. De quem é a culpa? Dos pais? Da escola? Da sociedade? Ou da tecnologia? São muitas perguntas, mas as respostas continuam ausentes. No meio em que vivemos nos deparamos com muitas situações absurdas, tais como: prostituição infantil, pedofilia, violência moral e física, uso e tráfico de drogas, mortes, ausência afetiva, etc. Todos esses problemas refletem na formação do individuo, que acaba se tornando inseguro, agressivo, revoltado e que não conhece seus limites. È nesse momento que citamos os vários problemas do mundo. Se os pais fossem mais presente e dessem mais atenção aos seus filhos, será que eles não seriam mais dóceis, alegres, sonhadores e educados? Ou será que esta responsabilidade não seria da escola? Que se tornou apenas um depósito de crianças, sem perspectivas nenhuma de vida. È nesse momento que compartilhamos esta crítica, para que vocês observadores pensem a respeito deste assunto que é tão comum e ao mesmo tempo tão banal aos olhos da sociedade. O que podemos fazer para auxiliar esses órfãos? Que medidas podem ser! tomadas? Será que a violência não é um pedido de socorro? Pense, reflita, aja!!!
A partir do tema proposto, que por sinal é muito amplo. Organizamos três trabalhos que resumem a nossa visão referente ao tema: Órfãos. De quem é a culpa? No primeiro, intitulado de: VOCÊ VÊ, MAS NÃO ENXERGA, trabalharemos a Pintura, usando como base um espelho (a base já torna o trabalho contemporâneo, pois renuncia a tradição das telas), a nossa “tinta” será um batom vermelho e utilizaremos também para compor este trabalho artístico o papel contact preto. O tema escolhido foi à prostituição infantil e na adolescência. Usaremos a frase: Você vê, mas não enxerga! A partir do momento que o observador analisar o espelho, verá primeiramente o seu próprio reflexo. Esta é uma questão de egoísmo e vaidade. Mas o que desejamos que percebessem além do seu próprio reflexo é a silhueta da menina, o batom vermelho e a escrita no espelho e porque utilizamos estes materiais.
O segundo trabalho: SINAIS, se resume a uma Pintura Conceitual, que irá interferir na paisagem urbana. Utilizaremos duas placas de sinalização, uma de PARE e a outra sinalizando a passagem de pedestres. Interferindo digitalmente nas imagens com palavras e símbolos, alterando as palavras e as imagens para o tema proposto. Quando observamos uma placa de sinalização, aprendemos a parar e observar o que ela determina. Por este motivo escolhemos as placas de sinalização para “chamar a atenção” ou “alertar” o observador. Seguindo o mesmo estilo a faixa vermelha que será inserida digitalmente em um edifício e uma escola das respectivas cidades de: Campo Belo do Sul e Lages. A faixa estendida no edifício com a palavra PAIS seguida de um ponto de interrogação, tendo a mesma finalidade das placas de sinalização, ou seja, de “chamar a atenção” ou “alertar” os habitantes. Para dar um impacto maior na fotografia, utilizaremos o cutout na imagem, deixando a faixa e as placas em cores e o restante da fotografia em preto e branco.
O terceiro e último trabalho, com o título: E AGORA?, será de Pintura Híbrida. Utilizaremos um coração derretendo feito em madeira como base. Sobre ele adicionaremos alguns objetos que remetem a infância das crianças órfãs, mas estes brinquedos não estão intactos, estão quebrados e rasgados. Eles anexados no grande coração, para compor a idéia proposta, ou seja, de que a vida de uma criança com pais ausentes.

29ª Bienal de SP

[...] Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias, há sempre um copo de mar para um homem navegar [...]






Invenção de Orfeu - Jorge de Lima